Depois de uma jornada de dois anos, que evocou a urgência de uma pauta antirracista no Brasil, a campanha Toda Friday é Black, lançada pela Anistia Internacional, faz seu encerramento. Para concluir esse percurso – que se iniciou na esteira do evento varejista “Black Friday” de 2020 – a iniciativa apresenta o lançamento do e-book “Como contribuir para uma sociedade antirracista – Um guia pra quem acredita na garantia de TODOS os direitos humanos”.

 

O guia é voltado para as pessoas que se importam com as tragédias que o racismo produz e que desejam enfrentar e mitigar as violações de direitos no campo racial. A frase imortalizada pela filósofa americana Angela Davis abre os caminhos: “Numa sociedade racista, não basta não ser racista. É preciso ser antirracista”.  

 

O conteúdo propõe um raio-x do racismo: discute o que o senso comum pensa que é (e o que fica de fora dessa avaliação); categoriza racismo individualista, institucional e estrutural; e sistematiza o que o leitor e a leitora podem fazer por uma sociedade antirracista. Alguns dos caminhos apontados são: conhecer iniciativas antirracistas, consumir de pessoas comprometidas com a causa, pesquisar informações sobre o tema em fontes confiáveis, educar crianças e lutar por uma educação antirracista, e exigir prevenção ao racismo nas empresas. Livros, vídeos e podcasts são sugeridos no material. 

 

Com esse guia, queremos ajudar as pessoas a conhecerem o racismo e refletirem um pouco mais sobre seus impactos na vida e nos direitos das pessoas negras e indígenas. Queremos que a leitura inspire práticas antirracistas no dia a dia para, a partir delas, construirmos um país com acesso a direitos sem discriminação”, afirma Jurema Werneck, diretora-executiva da Anistia Internacional Brasil. 

 

O e-book é a culminância de dois anos de comprometimento da Anistia Internacional Brasil com a campanha Toda Friday é Black. A organização fomentou discussões relacionando o racismo à violação de direitos, com objetivos educacionais.  

 

Organizações que se dedicam à pauta antirracista estiveram ao lado da Anistia Internacional Brasil.  Entre elas a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ), Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará (CEDENPA), OLODUM, Criola, GELEDÉS-Instituto da Mulher Negra. 

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