Enquanto os Estados Unidos e o mundo marcam no domingo (9) o primeiro ano desde a morte de Michael Brown, adolescente desarmado assassinado pelo policial Darren Wilson, em Ferguson, no estado do Missouri, o diretor executivo da Anistia Internacional Estados Unidos, Steven W. Hawkins lançou a seguinte declaração:
“A morte de Michael Brown e outros trágicos incidentes semelhantes em todo o país destacam um padrão perturbador de uso de força letal e conduta racialmente discriminatória por agentes da lei. Um ano depois, ainda há uma necessidade premente de reformas nos níveis local, estadual e federal.
“Legisladores em Missouri e em todo o país devem fazer com que as leis sobre o uso de força letal estejam alinhadas às normas internacionais, limitando a casos em que o uso da força letal é necessário para proteger a vida. Nossa pesquisa descobriu que as leis de todos os estado do país não cumprem esta norma.
Na esteira do assassinato de Brown e da resposta militarizada para protestos de rua, uma investigação do Departamento de Justiça considerou haver má conduta generalizada e preconceito racial no departamento de polícia Ferguson.
“O presidente Obama e o Departamento de Justiça deveriam apoiar a criação de uma comissão nacional para conduzir uma revisão nacional das disposições legislativas de uso policial da força letal, políticas, treinamento e prática para alinhá-los às normas internacionais”, disse Hawkins.
“O departamento também deve rever a sua orientação para os agentes da lei para incluir uma proibição abrangente da discriminação racial por parte de órgãos federais e estaduais responsáveis pela aplicação da lei e assegurar a produção e publicação de estatísticas nacionais sobre uso de armas de fogo por policiais.
“A morte de Michael Brown e os protestos Ferguson iniciou um debate nacional sobre raça e policiamento. Um ano depois, é evidente que esse debate está longe de ter acabado.”
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