Catástrofes só ocorrem e se repetem por causa da falta de ação ou pela negligência de autoridades, que deixam de implementar políticas públicas de proteção de comunidades e pessoas diante dos efeitos da crise climática.

Toda tragédia dita natural ou fenômeno extremo do clima acaba expondo desigualdades que já existem. E, por suas condições de vida, as populações negra e indígena, as mulheres, as crianças e os adolescentes, os moradores de favelas e os membros de comunidades tradicionais, por exemplo, costumam ser mais vulneráveis às piores consequências de eventos climáticos. 

Tais catástrofes, entretanto, só ocorrem e se repetem por causa da falta de ação ou pela negligência de autoridades, que deixam de implementar políticas públicas de proteção de comunidades e pessoas diante dos efeitos da crise climática. Programas de habitação, saneamento; planos para prevenir desastres, tornar as cidades mais adaptadas e reparar os prejuízos materiais; defesa civil; políticas enfrentamento ao racismo e às desigualdades de gênero; além de saúde de qualidade, podem dar melhores condições para que comunidades inteiras se adaptem às mudanças do clima. 

Portanto, nosso trabalho de promoção de justiça climática inclui:

  • a produção de pesquisas e relatórios que registram graves violações a partir do acompanhamento e da escuta de populações vulneráveis ou diretamente atingidas por mudanças climáticas;
  • o apoio a exigências e soluções de comunidades vulneráveis de modo que estas sejam consideradas quando as autoridades elaboram e implementam políticas públicas (de habitação, saneamento básico, prevenção de riscos etc.).
  • por meio de campanhas e petições, a mobilização da solidariedade global em favor de populações vítimas de catástrofes climáticas;
  • e o encaminhamento de denúncias formais e outras modalidades de incidência em organismos internacionais capazes de pressionar o Brasil a cumprir acordos multilaterais de promoção de justiça climática.