A Anistia Internacional Brasil acompanha com preocupação a notícia acerca do afastamento das promotoras Simone Sibílio e Leticia Emile da Força Tarefa criada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) para investigar os assassinatos da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes. As promotoras, que conduzem as investigações desde 2018, supostamente teriam optado voluntariamente pelo afastamento de seus cargos.   

Três anos sem respostas sobre quem mandou matar Marielle e por quê, é tempo demais. Neste período quatro delegados diferentes assumiram a condução das investigações. Os acusados de serem os responsáveis pela execução de Marielle e Anderson, Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, ainda não foram jugados pelo Tribunal do Juri.

 

 Toda e qualquer suspeita de que a investigação possa sofrer interferências indevidas deve ser investigada. Exigimos das autoridades responsáveis transparência e respostas sobre a lisura na condução desse processo.  

 

A Anistia Internacional Brasil atua no caso Marielle Franco desde o primeiro dia, mobilizando pessoas no mundo inteiro para exigir justiça pela defensora de direitos humanos e por seu motorista, Anderson Gomes. 

Relembramos que há 130 dias enviamos, em conjunto com o Instituto Marielle Franco (IMF), um ofício ao Governador do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, solicitando uma reunião online. Não tivemos respostas! É fundamental que as autoridades possam dialogar com as famílias de vítimas de violações de direitos humanos, assim como com as organizações que as apoiam, para que possam demonstrar quais as providências têm adotado, a partir de seus papéis e funções, para garantir que as investigações sejam realizadas segundo os mais altos parâmetros de direitos humanos. 

 

  

 

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