O dia de hoje, 07 de janeiro de 2021 é um dia de pesar. O Brasil atinge a triste marca de 200 mil pessoas que perderam suas vidas para a Covid-19. Esta data marca como a falência, ausência de políticas públicas e a ineficiência do Estado na gestão da coisa pública e na garantia dos direitos humanos de sua população, como o direito básico à saúde gera o sofrimento e a dor de 200 mil famílias. É a primeira vez na História do Brasil que em menos de um ano, tantas pessoas perdem suas vidas em razão de uma única enfermidade.

De acordo com o Ministério da Saúde, a primeira morte por Covid-19 foi registrada no Brasil em 12 de março de 2020. Hoje, ao atingir 200 mil mortes o Brasil está apenas atrás do Estados Unidos o país do mundo com o maior número de mortos e infectados. Até este momento, 49 países já iniciaram a imunização de suas populações. O Brasil, infelizmente não está entre eles e mais e mais vidas seguem sendo perdidas. Neste mesmo 07 de janeiro de 2021 foi anunciada a eficácia de 78% a 100% de uma vacina produzida no Instituto Butantan, em São Paulo.

A demora injustificável na construção de uma política nacional integrada que inclua os estados e municípios para o enfrentamento desta doença agrava este cenário. Por meio da campanha Nossas Vidas Importam, a Anistia Internacional já denunciou em 2020 como a Covid-19 impacta de maneira desproporcional grupos mais vulnerabilizados, como povos indígenas, comunidades quilombolas, ribeirinhos, população em situação de rua, mulheres, negros, moradores de favelas, LGBTQIA+. A adoção de políticas públicas baseadas em evidência científica é determinante no destino da saúde e da vida da população de um país.

O enfrentamento à Covid-19 demanda um plano de contenção da disseminação da doença, um sistema de saúde pública que tenha condições de atender à população que adoece e um plano de prevenção de mortes e imunização integrada. Vacina para todos é fundamental e pode significar a diferença entre a vida e a morte, especialmente daqueles que são parte dos grupos vulneráveis. Queremos celebrar a ciência e nos nutrir de esperança. E estaremos atentos para cobrar das autoridades públicas que a vacinação no Brasil seja gratuita e para todos e todas.

 

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