A prisão militar na Baía de Guantánamo ainda é uma mancha na história dos direitos humanos nos Estados Unidos e continua apresentando sucessivas violações enquanto permanece aberta, disse a Anistia Internacional EUA na véspera do aniversário de dezessete anos de sua abertura, em 11 de janeiro de 2002.

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“Quando o presidente Trump revogou a ordem do ex-presidente Barack Obama de fechar a prisão militar em Guantánamo, ele abriu as portas para uma nova era de violações de direitos humanos”, disse Daphne Eviatar, diretora de Segurança e Direitos Humanos da Anistia Internacional EUA.

“A prisão de Guantánamo, que deveria ter sido deixada há muito tempo atrás como um capítulo terrível na história dos EUA, continua operando 17 anos depois como um símbolo da islamofobia que incorpora o medo e a xenofobia que definem a presidência de Trump.”

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Guantánamo atualmente detém 40 homens muçulmanos, muitos dos quais foram torturados. Alguns desses detidos foram liberados para transferência há anos, mas ainda permanecem na prisão. Entre eles está Toffiq al-Bihani, que estava entre os torturados pela CIA antes de ser enviado a Guantánamo em 2003. Ele está liberado para transferência desde 2010.

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“É muito fácil imaginar que Guantánamo continuará a existir como um local de contínuas violações de direitos humanos quando um presidente mantém a crença cruel e errônea de que a tortura é aceitável. Aqueles que são inocentados devem ser transferidos imediatamente, e todos os outros prisioneiros devem ser julgados ou transferidos para permitir que esta instituição vergonhosa feche permanentemente”.

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A Anistia Internacional dos EUA se unirá a outras organizações de direitos humanos em um comício em Lafayette Park, Washington, D.C para pedir o fechamento da prisão.

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