Após mais de quatorze meses preso, o presidente do conselho da Anistia Internacional Turquia, Taner Kılıç, foi libertado nesta quarta-feira (15). Na sequência da libertação, o novo secretário geral da Anistia Internacional, Kumi Naidoo, declarou:
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“Estamos muito felizes com esta notícia. Levou mais de um ano de campanha e luta para chegarmos até aqui. Taner finalmente foi libertado e está de volta aos braços de sua esposa e filhas.
“Por trás dos sorrisos de alegria e alívio, também há tristeza, raiva e uma determinação imbatível. Tristeza por tudo o que Taner deixou de viver durante o seu cruel encarceramento. Raiva pelas acusações infundadas contra ele e o grupo Istambul 10 que não foram descartadas. E determinação para continuar nossa luta em defesa dos direitos humanos na Turquia e pela libertação de todos os defensores e defensoras de direitos humanos, jornalistas e outras pessoas que foram injustamente presas em meio à tamanha repressão.
“Hoje reservamos um momento para celebrar, mas amanhã nossa luta continuará, reenergizada pelo exemplo do próprio Taner: um homem que sabe da importância dos direitos humanos e está disposto a dedicar sua vida a defendê-los.”
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CONTEXTO
Taner Kılıç foi detido no dia 6 de junho de 2017 e enviado à cadeia três dias depois, onde estava desde então. Dez outros ativistas, incluindo İdil Eser, Diretora da Anistia Internacional Turquia, foram detidos um mês depois. Oito deles ficaram presos por quatro meses até pagarem a fiança na primeira audiência em outubro.
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Todos eles foram acusados de “pertencer a uma organização terrorista”, suposição sem fundamento, a qual espera-se que a acusação forneça alguma evidência sustentável para avaliação.
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Em dezembro, as autoridades turcas admitiram que milhares de pessoas têm sido acusadas injustamente de baixar o ByLock. Eles publicaram listas contendo números de 11.480 usuários de telefone celular, o que levou a libertações em massa.
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Mais de um milhão de pessoas de 164 países e territórios assinaram os pedidos da Anistia Internacional pela libertação de Taner Kılıç e dos outros defensores de direitos humanos desde a prisão.
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