Os direitos humanos foram negligenciados no Brasil desde o início da pandemia da Covid-19. Foram diversas violações, perpetradas inclusive pelas autoridades do Estado brasileiro, que persistem ainda hoje, em uma realidade dura e desafiadora que se impõe principalmente para os diversos grupos sociais historicamente discriminados, tal como os mais pobres, as mulheres, as populações negras e indígenas, entre outros.
Mas um caminho de reparação é possível. No entanto, para encontrá-lo, é necessário olhar além do que está escancarado na superfície do Brasil de 2020 e 2021, como a fome, o desemprego e o colapso na Saúde; e enfrentar as desigualdades e ineficiências estruturais que se sustentam há décadas no nosso país. É isso o que pretende o relatório “Covid-19 e direitos humanos no Brasil: caminhos e desafios para uma recuperação justa“
Através desse documento, a Anistia Internacional propõe uma agenda de recomendações para uma recuperação justa da crise, perpassando os temas da Saúde, Educação, Emprego e Renda, Segurança Pública, Moradia, Alimentação, Meio ambiente e Povos Indígenas e Quilombolas. As análises nele apresentadas são resultado de acúmulos de ações e reflexões que a Anistia internacional tem realizado desde o início da pandemia, tal como as campanhas “Nossas Vidas Importam” e “Omissão não é Política Pública” sempre na chave da defesa e garantia dos direitos humanos que foram violados direta ou indiretamente pelos responsáveis pela gestão da crise sanitária.
“Chegamos ao fim de 2021 devastados, mas com a força que precisamos ter para identificar os desafios que estão no nosso horizonte. (…) inda é dever do Estado dar respostas efetivas à pandemia, e a todas as crises que vieram na esteira do coronavírus. Desigualdades que estão arraigadas no racismo e em outras iniquidades estruturais tiveram influência sobre mortes, pobreza e todo tipo de sofrimento. Os dias já se passaram, e vão continuar passando. Precisamos de justiça e uma recuperação justa: abrangente, efetiva e urgente” — Jurema Werneck, diretora-executiva da Anistia Internacional Brasil.
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