Segundo reportagem veiculada ontem, 17 de maio, as polícias do Rio de Janeiro teriam 71 submetralhadoras HK MP-5, modelo que teria sido utilizado para matar Marielle Franco e Anderson Gomes. Das 60 pertencentes à Policia Civil, cinco delas teriam sido extraviadas em 2011. As outras 11 submetralhadoras do mesmo tipo pertenceriam ao Batalhão de Operações Especiais (Bope) e nenhuma delas teria sido extraviada ou roubada. A reportagem da TV Globo diz ainda que a Polícia Civil teria sido procurada mas optou por não comentar.

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Estamos há quase 65 dias da morte da defensora de direitos humanos e vereadora Marielle Franco. Durante esse período, diversas informações sobre o caso foram veículadas pela mídia, inclusive de que a munição utilizada pertencia a lote vendido à Polícia Federal em Brasília e havia sido roubada na sede dos Correios, sem que houvesse nenhuma explicação ou pronunciamento oficial pelas autoridades. O sigilo do caso tem como objetivo garantir a eficácia das diligências investigatórias. No entanto, a informação de que armas do mesmo modelo da que teria sido usada na execução de Marielle Franco teriam sido desviadas do arsenal da Polícia Civil pode comprometer a competência e independência da Polícia Civil de investigar o caso. 

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A Anistia Internacional urge que a Polícia Civil e a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro a se pronunciem sobre a imparcialidade das investigações.

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