Em resposta às informações de que pelo menos 12 pessoas foram mortas durante os protestos na Venezuela, a diretora regional da Anistia Internacional para as Américas, Erika Guevara-Rosas, declarou:

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“Desde o início da semana, milhares de pessoas na Venezuela foram às ruas para protestar contra a grave crise institucional e de direitos humanos que assola o país. Ao invés de buscar soluções e estabelecer um diálogo para atender suas demandas, as autoridades sob o comando de Nicolás Maduro responderam com o envio de militares e policiais às ruas para aplicar a sua política de repressão.”

“A Anistia Internacional recebeu denúncias sobre a participação da infame Força de Ações Especiais da Polícia Nacional Bolivariana, que já foi acusada em outras ocasiões de uso abusivo e excessivo de força intencionalmente letal e que não tem papel no controle das manifestações. Isso coloca em sério risco as vidas e integridade física dos manifestantes. Tem havido também sérias reclamações sobre a participação de grupos armados pró-governo tentando impedir protestos em diversas partes do país.”

“Manifestações não podem ser sinônimo de morte na Venezuela. A tentativa de silenciar com balas aqueles que fazem exigências legítimas de seus direitos humanos reduz as chances de uma solução pacífica para a séria crise institucional e de direitos humanos que o país vem enfrentando nos últimos anos.”

“Nestes momentos de alta tensão e conflitos sociais na Venezuela, Nicolás Maduro e outros membros do seu governo devem parar a repressão do povo e, acima de tudo, garantir a vida e a integridade física das pessoas que protestam contra ele.”

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