A Anistia Internacional Brasil manifesta profunda preocupação com as denúncias de que o ex-secretário de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro Allan Turnowski, que esteve logo abaixo do governador nas linhas de comando da segurança pública do Rio de Janeiro, seja suspeito de envolvimento com o crime organizado. A ligação do ex-secretário com Ronnie Lessa, apontado como executor de Marielle Franco e de Anderson Gomes, acende um alerta sobre a possíveis interferências nas investigações do assassinato da vereadora. 

As informações foram levantadas pelo trabalho do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Turnowski ocupou diversas posições de liderança nas forças de segurança do Rio de Janeiro. Inclusive, foi diretor do Departamento Geral de Polícia da Capital de 2019 a 2020 – em março de 2019, o então titular da Delegacia de Homicídios Giniton Lages, responsável pela investigação do assassinato e pela prisão de Ronnie Lessa, foi afastado do caso. 

É alarmante e urgente de apuração que as denúncias trazidas à tona pelo Gaeco revelem tantos pontos de ligação entre o ex-secretário e os fatos que compõem o crime cometido contra a vereadora e seu motorista. O governador Cláudio Castro, que nomeou Turnowski como secretário de Polícia Civil, precisa prestar esclarecimentos à sociedade. 

A Anistia Internacional Brasil vem se mobilizando desde o primeiro dia do crime, e coletou mais de um milhão de assinaturas em todo o planeta pedindo por justiça por Marielle e Anderson Gomes. É preciso avançar nas respostas sobre quem mandou matar a vereadora e defensora de direitos humanos. 

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