Entre os dias 6 e 12 de janeiro, a ONG Repórter Brasil, organização investigativa e de direitos humanos, foi alvo de uma série de ataques virtuais e físicos, recebendo, inclusive, ameaças dos usuários não-identificados de continuar a ação criminosa caso alguns conteúdos do site não fossem apagados. O ataque inicial foi seguido por uma solicitação por e-mail para remover relatórios de investigações realizadas e publicadas pela Repórter Brasil entre 2003 a 2005, que incluíram denúncias graves de violações de direitos humanos por parte da indústria pecuária brasileira.

A situação é um grave flagrante de violação de parâmetros internacionais de direitos humanos, como o direito fundamental à liberdade de expressão e liberdade de imprensa. A Anistia Internacional demonstra extrema preocupação com o ocorrido e exige que as autoridades responsáveis iniciem investigações para determinar a natureza, a autoria e as circunstâncias dos ataques em conformidade com a LEI Nº 12.737, DE 30 DE NOVEMBRO DE 2012.

Quando uma organização de direitos humanos, como a Repórter Brasil, está sob ataque, o direito de defender e lutar por nossos direitos fundamentais também está. A Anistia Internacional Brasil requer que os fatos denunciados sejam investigados e que haja a responsabilização e sanção dos envolvidos.

A Repórter Brasil foi uma importante colaboradora no relatório Da Fazenda à Floresta (acesse aqui), no qual revelamos que gado bovino criado ilegalmente em áreas protegidas da floresta amazônica brasileira entrou na cadeia de fornecimento da maior produtora de carne bovina do mundo, a JBS.

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