A Anistia Internacional lançou hoje (04/12) uma ação urgente em suas redes mobilizando ativistas do mundo inteiro a pedirem providências ao governo do estado da Bahia sobre o desaparecimento de Davi Fiuza. O adolescente, de 16 anos, foi levado da porta de casa pela polícia na manhã do dia 24 de outubro. Desde então, nunca mais foi visto.
Davi teria sido levado por policiais militares durante uma operação policial. Vizinhos presenciaram a cena. A mãe de Davi Fiuza, Rute Silva Santos, contou à Anistia Internacional que policiais militares teriam amarrado os pés e as mãos de seu filho e que o teriam encapuzado. “Depois, jogaram o meu filho dentro do porta-malas de um carro descaracterizado”, disse ela.
Depois de denunciar publicamente o desaparecimento de seu filho e começar a se mobilizar para exigir informações sobre seu paradeiro, Rute Silva Santos começou a receber ameaças diretas nas redes sociais e também mensagens de SMS. Uma dessas ameaças mostrava imagens de mulheres estupradas e esfaqueadas junto a uma mensagem que dizia “é assim que a gente faz com mulheres fortes”. Rute Silva Santos tem quatro filhas e agora teme pela segurança delas, bem como pela sua própria.
Na Ação Urgente, a Anistia Internacional faz três pedidos às autoridades da Bahia:
- Iniciar sem demora uma investigação célere, meticulosa e independente sobre o que aconteceu com Davi Fiuza depois que ele foi apreendido durante uma operação da polícia militar e a trazer os suspeitos de responsabilidade criminal a julgamento;
- Investigar as ameaças feitas contra Rute Silva Santos e a protegê-la, bem como seus parentes, de intimidações como consequência da denúncia;
- Garantir que testemunhas em potencial e pessoas que façam parte da investigação sejam protegidas de quaisquer formas de intimidações ou ameaças.
Hoje à tarde, a mãe de Davi Fiuza, Rute Silva Santos, terá uma reunião na sede nacional da organização, que fica no Rio de Janeiro. A Anistia Internacional também encaminhará ofícios às autoridades da Bahia pedindo esclarecimentos e providências sobre o caso.
Entre em ação por Davi Fuiza e sua família: Atue agora na Ação Urgente