Defender direitos um direito humano, mas a região das Américas e o Brasil são alguns dos lugares mais perigosos do mundo para quem se engaja nesta luta. Por isso, a Anistia Internacional atua sobre casos de homens e mulheres defensores e defensoras de direitos humanos que, por sua atuação, sofrem ameaças, perseguições e atentados contra suas vidas.

Defensores e defensoras de direitos humanos denunciam violações e se mobilizam exigindo justiça e reparação para as vítimas. São pessoas que, sozinhas ou coletivamente, e através de meios pacíficos, agem para garantir a promoção e a proteção de direitos para todos e todas, independentemente de gênero, raça, nacionalidade, religião, orientação sexual ou qualquer outra distinção.

A defesa dos direitos humanos pode se dar de diversas formas, mas algumas das mais comuns são documentação e denúncia de violações, organização e participação em atos públicos de campanha e protestos pacíficos, incidência direta sobre governos e agentes do Estado para que cumpram com suas obrigações, apoio prático a sobreviventes de violações e suas famílias, e implementação de projetos em benefício de comunidades em temas como direito à moradia, à terra, à educação e à segurança, entre outros.

É obrigação do Estado garantir a liberdade e a segurança necessárias para a defesa dos direitos humanos. Mas isso não acontece na prática. É frequente que defensoras e defensores de direitos humanos sejam ameaçados, atacados, perseguidos e criminalizados. Nós atuamos para que as autoridades brasileiras protejam essas pessoas, e garantam justiça para aqueles e aquelas que sofrem retaliações por sua atuação.

Indivíduos em risco

Além dos casos individuais de defensores e defensoras de direitos humanos, também atuamos exigindo justiça para pessoas que tiveram seus direitos violados ou que estão em situação de risco, como Hakan Yaman, que foi espancado e queimado por policiais na Turquia em junho de 2013. E Jorge Lázaro, cujos dois filhos foram assassinados na Bahia – um deles por policiais.