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Sérgio Andrade da Silva, de 33 anos, é fotógrafo profissional. No dia 13 de junho de 2013, enquanto cobria um protesto contra o aumento das passagens de ônibus na cidade de São Paulo, ele foi atingido por um disparo de bala de borracha e perdeu o olho esquerdo.
Na noite em que foi atingido, Sérgio presenciou a ação da polícia militar contra os manifestantes e disse não ter havido motivação para o que ele chamou de “ataque” por parte da polícia. Para ele “pareceu ser um esforço premeditado e organizado para impedir a marcha de prosseguir”. Nesse mesmo dia, outras pessoas foram feridas, incluindo jornalistas em serviço, devido ao uso excessivo e desnecessário da força pela polícia militar.
Sérgio contou à Anistia Internacional que, ao ser atingido, a dor foi indescritível, “senti um impacto, uma dor terrível no olho esquerdo que ficou inchado na hora, com muito sangue escorrendo”. Uma pessoa que presenciou o acontecido o socorreu, levando-o para um hospital.
A perda da visão de um dos olhos comprometeu sua capacidade de fotografar e fez com que ele ficasse três meses sem trabalhar. Hoje, ele usa uma prótese ocular no lugar do olho esquerdo.
Sérgio ainda não recebeu qualquer explicação, pedido de desculpa oficial ou reparação financeira pela violência sofrida. Ele ingressou com uma ação civil por danos contra o estado de São Paulo, mas a ação ainda não foi julgada.
Para Sérgio, “o silêncio do Estado em resposta ao que aconteceu é uma segunda forma de violência”.
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