Dezesseis organizações internacionais se juntaram ao Centro Sírio de Mídia e Liberdade de Expressão (SCM) para saldar a libertação do presidente Mazen Darwish e para pedir que todas as acusações contra ele e seus colegas sejam descartadas, assim como para a libertação de todos os outros prisioneiros de consciência que permanecem detidos pelas autoridades sírias.

Embora nesta semana seja comemorada a libertação de Mazen Darwish e de seus colegas do SCM, Hani al-Hussein Zitani e Gharir no mês passado, estamos extremamente preocupados por que eles continuam enfrentando acusações de ” campanha publicitária terrorista” e são obrigados a enfrentar um julgamento no final deste mês. Continuamos os apelos para que todas as acusações contra eles sejam descartadas imediatamente e incondicionalmente, e por um fim à perseguição e assédio judicial dos três homens para o seu trabalho legítimo dos direitos humanos. As autoridades da Síria devem garantir, ainda, que todos os defensores dos direitos humanos são capazes de realizar suas atividades legítimas sem medo de represálias e livre de todas as restrições.

As organizações também seguem com os protestos contra a detenção arbitrária de muitos outros ativistas pacíficos e pessoas detidas pelas autoridades como resultado do exercício legítimo dos seus direitos, tais como os casos documentados recentemente através da campanha FreeSyria’s Silenced Voices.

Entre os ativistas que têm sido alvo por parte das autoridades sírias, está o proeminente advogado de direitos humanos Khalil Ma’touq, que foi preso em outubro de 2012 pelas autoridades sírias e mais tarde foi visto em vários ramos da segurança operado pelo governo. Da mesma forma, o médico que vive em Aleppo Mohamed Bachir Arab está desaparecido de forma forçada pelas autoridades sírias desde novembro de 2011, provavelmente porque ele participou de manifestações pacíficas. E ainda, o jornalista Ali Mahmoud Othman, que trabalhou com jornalistas internacionais em Homs, continua desaparecido depois de sua detenção pelas autoridades sírias em 2012.

Ativistas também foram alvos de grupos armados não-estatais. Entre outros, Razan Zaitouneh e seus colegas Samira Khalil, Nazem Hamadi e Wa’el Hamada do Centro de Documentação de Violações na Síria continuam desaparecidas desde suas detenções em 9 de dezembro de 2013.

As autoridades sírias devem respeitar as suas obrigações sob o direito internacional, incluindo os direitos humanos e a lei humanitária internacional, e libertar todas as pessoas detidas unicamente pelo exercício pacífico de seus direitos à liberdade de expressão, a liberdade de reunião e de associação ou unicamente para o tratamento dos doentes e feridos ou prestação de assistência humanitária. Grupos armados não-estatais, incluindo o Exército do Islã e de outros grupos armados que operam na Duma e no resto do país, devem parar suas práticas de sequestrar defensores dos direitos humanos e libertar os detidos.

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