A Anistia Internacional espera que o governo baiano realize uma investigação minuciosa, independente e célere da operação policial da Rondesp (Rondas Especiais) da Bahia que provocou a morte de 13 pessoas, sendo três pessoas feridas, incluindo um policial, no bairro Cabula, em Salvador, nesta madrugada (6). Na ação, policiais teriam abordado um grupo de homens que supostamente estariam a caminho de um assalto a banco. Relatos iniciais contestam a versão oficial da polícia militar e apontam indícios de execuções sumárias.
Ao longo dos últimos meses, a Anistia Internacional tem recebido denúncias sobre a abordagem abusiva da Rondesp, com relatos de uso excessivo da força, desaparecimentos forçados e execuções sumárias. Um deles é o caso de Davi Fiuza, adolescente de 16 anos, que desapareceu no dia 24 de outubro de 2014, no bairro de São Cristóvão, na cidade de Salvador, depois de supostamente ter sido abordado por policiais militares da Rondesp e do PETO (Pelotão de Emprego Tático Operacional).
A Anistia Internacional pede ainda que as autoridades tomem todas as medidas necessárias para garantir a segurança imediata dos moradores e proteger testemunhas e os sobreviventes.