Mortes no Mar
Entre 1988 e 15 de setembro de 2014, estima-se que 21.344 pessoas se afogaram no mar Mediterrâneo ao tentarem chegar à Europa. Em 2011, o número de mortes foi de cerca de 1.500; em 2012, cerca de 500; em 2013, mais de 600.
Mais de 2.500 pessoas morreram no mar em 2014 até o dia 15 de setembro, 2.200 a mais desde o início de junho. Quase dois por cento das pessoas que tentaram a travessia em 2014 se afogaram.
Operações de resgate
Entre 18 de outubro de 2013 (início da Operação Mare Nostrum) e 18 de setembro de 2014, a Marinha italiana resgatou 138.866 pessoas.
A área patrulhada pela Operação Mare Nostrum, cerca de 40 mil km², cobre 400 milhas náuticas ao sul de Lampedusa e 150 milhas náuticas a leste e se sobrepõe às zonas de busca e salvamento de Malta e da Líbia.
Consta que a Itália gasta mais de 9 milhões de euros por mês na operação. Considerando que resgatou 138.866 pessoas durante os primeiros 11 meses, cada vida salva custa cerca de € 712.
Do início do ano até o final de agosto de 2014, 565 pessoas foram resgatadas e trazidas para Malta pelas Forças Armadas de Malta.
Travessias marítimas
Calcula-se que de 1998 a 2013, 623.118 refugiados e migrantes chegaram ao litoral da UE de forma irregular: uma média de quase 40 mil pessoas por ano.
Em 15 de setembro de 2014, o número era de mais de 118.000 dos 130.000 que entraram pelo sul da Europa.
As razões para o aumento das fugas por mar
Conflitos e perseguição no Oriente Médio e na África, privação econômica e fechamento das fronteiras terrestres.
Em 2013, o número de migrantes irregulares detidos nas fronteiras da Grécia, Bulgária e Chipre caiu de 37.224 para 24.799, ou 33 por cento. Ao longo desta rota, a redução na detecção de travessias irregulares na fronteira terrestre foi de 61% , de 32.854 para 12.986, enquanto que a detecção de travessias irregulares por mar ao longo da mesma rota aumentou em 171%, de 4.370 para 11.831.
Nacionalidade das pessoas que cruzam a fronteira
Em 2013, 48% de todos os que entram irregularmente e 63% dos que entram irregularmente por via marítima na UE vieram da Síria, Eritréia, Afeganistão e Somália: países devastados por conflitos e abusos generalizados dos direitos humanos.
Nos primeiros oito meses de 2014, cerca de 40% das pessoas que chegam à Europa irregularmente da região central do Mediterrâneo eram eritreus (23%) e sírios (17%).
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