Para enfrentar o problema da violência policial a Anistia Internacional Brasil lançou a campanha “O Ministério tem que ser Público”, com outras 19 organizações da sociedade civil. O objetivo é cobrar a atuação dos Ministérios Públicos, de garantirem o controle externo e participativo da atividade policial. Isso inclui a compreensão da violência policial como um problema estrutural, um sistema de investigação e monitoramento independente e eficaz, a implementação de protocolos de investigação, a transparência e a participação efetiva da sociedade das vítimas e de seus familiares, a responsabilização de agentes e cadeias de comando e a garantia efetiva de que as polícias respeitem os direitos humanos.
Quantos casos de brutalidade policial você já ouviu no noticiário só essa semana? Abordagens e violentas, mortes por “bala perdida”, chacinas, invasão de casas e tantas outras violações de direitos humanos provocadas pelo uso excessivo e desproporcional da força policial. Essas violações atingem principalmente a população negra e moradora das favelas e periferias. É preciso agir contra essa barbárie. Precisamos interromper o ciclo da violência policial e da impunidade que afeta toda a população.
Você sabia que o Ministério Público (MP) tem o dever constitucional de controlar a atividade policial e garantir que ela aconteça em conformidade com o respeito e a proteção dos direitos humanos de todas as pessoas? A Constituição brasileira determina em seu Art. 129, que o órgão deve exercer o controle externo da atividade policial. E por isso, tem atribuição para investigar as violações de direitos humanos cometidas pela polícia.
É fundamental responsabilizar os policiais envolvidos nessas violações. E também é fundamental entender que o problema da violência policial é estrutural e envolve as cadeias de comando e autoridades, que também precisam ser monitoradas e investigadas. Diante disso, na campanha “O Ministério tem que ser Público”, estamos pedindo para que o Ministério Público incorpore os requisitos mínimos internacionalmente reconhecidos para o controle efizaz da atividade policial. São eles: