O relatório documenta como as autoridades de Camarões e as forças de segurança prenderam arbitrariamente centenas de pessoas acusadas de apoiar o grupo terrorista Boko Haram, muitas vezes com pouca ou nenhuma evidência, e as detêm em condições desumanas, com risco de morte. Alguns morreram sob custódia, como resultado da tortura. Outras foram sujeitas ao desaparecimento forçado, e o seu destino permanece desconhecido até hoje. O relatório também documenta como, em casos levados à justiça, os direitos dos detidos são rotineiramente negados, e como o uso da legislação anti-terrorista e tribunais militares os deixa praticamente sem garantias processuais.