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Como tantas outras pessoas, Atena Daemi sonha com o fim da pena de morte no Irã. Ela costumava publicar textos no Facebook e no Twitter criticando a altíssima incidência de execuções no país e distribuía panfletos. Ela participou de protestos pacíficos contra a execução de uma jovem. Ações tão simples que, infelizmente, no Irã, demandam uma grande coragem.
Incrivelmente, essas atividades foram citadas como “evidências” de atividade criminosa em um julgamento que a sentenciou a sete anos de prisão. Seu julgamento foi uma farsa – levou apenas 15 minutos e ela foi condenada por acusações forjadas, incluindo “reunir-se e conspirar para cometer crimes contra a segurança nacional”.
O tratamento cruel que ela vem recebendo é mais um exemplo amargo da intensa repressão que sofrem as pessoas que se manifestam por um Irã mais justo. Dezenas de pessoas foram presas, e muitas outras enfrentam vigilância, interrogatórios e processos judiciais mais longos do que o normal, forçando-as ao silêncio.
Atena já sofreu muito. Ela foi espancada, levou jatos de spray de pimenta e ficou em confinamento solitário, mas continua a lutar por direitos humanos. No começo desse ano, ela fez uma greve de fome em protesto contra sua transferência a uma prisão conhecida pela sua má reputação. Sua saúde se deteriorou de forma alarmante desde que está na prisão. Ela deve ser libertada imediatamente.