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“Em nossos corpos levamos a marca da violação dos nossos direitos.”
Esperanza Huayama, vítima de esterilização forçada
Mais de 270 mil mulheres, especialmente camponesas e indígenas, foram forçadas ou enganadas e esterelizadas pelo governo do Peru entre 1996 e 2001.
Mulheres e suas famílias foram ameaçadas com multas, prisão ou perda de auxílio alimentar caso não se não submetessem à operação. Dezoito mulheres morreram e muitas não receberam cuidados pós-operatórios adequados.
Até hoje sentem dores nas costas, pernas, abdômen, e têm dificuldade para andar.
Há fortes indícios de que a equipe médica era pressionada a alcançar cotas de esterilização, numa política de controle de natalidade falha e discriminatória.
Recentemente, o governo peruano declarou ser de interesse nacional a atenção às vítimas de esterilização forçada e que será criado um cadastro único das vítimas. No entanto, os recursos para que esse cadastro se torne realidade ainda não foram alocados.
O cadastro é essencial para garantir que todas as vítimas recebam a reparação e o apoio de saúde de que necessitam