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Com o avanço do grupo armado que se auto-intitula Estado Islâmico, a situação dos deslocamentos de civis se agrava. A comunidade internacional deve agir com urgência.

Os ataques sistemáticos do Estado Islâmico contra minorias étnicas e religiosas do norte do Iraque, incluindo turcomanos, xiitas shabak, assim como cristãos e yazidis, têm feito com que centenas de milhares de pessoas deixem suas casas.

“A mensagem dada pelo Estado Islâmico é inequívoca: convertam-se [ao Islã], saiam ou morram. E isto é uma limpeza étnica”, defende Donatella Rovera, pesquisadora da Anistia Internacional que está no local. “Os sobreviventes têm relatado como os homens são reunidos e mortos, e as mulheres e crianças, raptadas.

As pessoas que falaram com a Anistia Internacional em julho afirmaram que, a essa altura, os lançamentos aéreos de ajuda não conseguiam ajudar efetivamente quem estava encurralado nas montanhas.

“Não temos nada, não nos chegou nada”, conta um homem em Kocho, aldeia na encosta sul do Sinjar. “Ouvimos os aviões passando lá longe, mas ninguém veio nos trazer nada. E nós não podemos sair daqui. Se sairmos daqui, o Estado Islâmico vai nos capturar e nos matar.”

Estão também em perigo os civis que ficaram nas áreas controladas pelo Estado Islâmico, tendo sido registadas várias mortes devido aos ataques aéreos dos EUA, que iniciaram uma ação militar no país.

Entretanto, perto do final de julho a ajuda humanitária começou finalmente a alcançar algumas das populações em risco, mas continuam a ser reportados ataques a civis, o que tem feito aumentar o número de deslocados e de pessoas em perigo.

Apelamos que o governo do Iraque e o Governo Regional do Curdistão, assim como a comunidade internacional, providenciem apoio imediato a estas populações, e que as ações militares neste país respeitem as leis internacionais.

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