A Anistia Internacional vem a público pedir a investigação imediata e independente da chacina de pelo menos nove pessoas na cidade de Belém (PA) nos bairros de Terra Firme, Marco, Guamá, Jurunas e Sideral na noite do dia 4 de novembro.

Há informações de que a chacina foi cometida supostamente por policias militares como vingança pela morte de um cabo membro da ROTAM – Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas – da Polícia Militar do Estado ocorrida na mesma noite. Há indícios de que a ação foi convocada por meio de redes sociais.

Segundo relatos de moradores do Bairro de Terra Firme, as entradas e saídas do bairro foram fechadas durante a ação criminosa por veículos oficiais da Polícia Militar, impedindo que moradores retornassem às suas residências. Homens encapuzados portando armamento pesado em motos e carros não identificados invadiram casas e assassinaram diversas pessoas. Há suspeitas que o número de vítimas possa ser maior do que as reconhecidas oficialmente pelo governo do estado até o momento.

A Anistia Internacional pede ainda que o governo federal acompanhe o caso e as autoridades do governo do estado do Pará tomem todas as medidas necessárias para garantir a segurança imediata dos moradores dos bairros onde ocorreram as mortes. Da mesma forma, a morte do cabo deve ser investigada e responsabilizada.

A Anistia Internacional se solidariza com os familiares de todas as vítimas.

Veja também duas notas públicas de organizações e movimentos sociais do Pará sobre a chacina:

Nota Pública da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos sobre episódios recentes de violência em Belém

Nota dos movimentos sociais contra as execuções ocorridas nas periferias de Belém