Enquanto Donald Trump se prepara para tomar posse como 45º Presidente dos Estados Unidos, a Anistia Internacional pressiona seu mandato para proteger direitos humanos nos Estados Unidos da América (EUA) e no exterior.

“Como presidente, Donald Trump deve abandonar a retórica de ódio que perpassa sua campanha e se comprometer a proteger direitos humanos para todos”, disse Margaret Huang, diretora executiva da Anistia Internacional USA.

A Anistia Internacional pede à Trump, em particular, que proteja as pessoas afetadas por conflitos armados e crises e garanta a proteção aos defensores de direitos humanos.

“Estamos no meio de uma crise humanitária global. Há mais pessoas fugindo da violência e de conflitos do que em qualquer outro momento desde a Segunda Guerra Mundial “, disse Huang. “Os Estados Unidos acolheram há muito tempo aqueles que buscam refúgio; na verdade, é um país que tem sido amplamente fundado e construído por imigrantes e pessoas refugiadas”.

“Os Estados Unidos também devem se comprometer a proteger e celebrar aqueles que defendem os direitos humanos no país e no exterior. Ataques contra manifestantes pacíficos, prisioneiros de consciência, jornalistas, dissidentes e minorias não podem ser tolerados. Ninguém deve perder sua segurança por defender pacificamente os direitos humanos ou discordar das políticas do governo”, disse Huang.

A Anistia Internacional já expressou preocupação com as propostas de campanha de Trump – incluindo a criação de um registro de pessoas muçulmanas e a proibição de refugiados muçulmanos – e ataques retóricos contra mulheres, pessoas negras, pessoas com deficiência, LGBTIs, ativistas, jornalistas e críticos. A organização também pediu ao presidente eleito para repudiar publicamente o uso da tortura e fechar o centro de detenção em Guantánamo.

“Para o Presidente Trump, dizemos: a cada dia no cargo, cada escolha feita vai definir o seu legado. Você pode escolher deixar o mundo um lugar melhor ou fazer dele um lugar em que o ódio, o medo e a discriminação se tornam mais fortes. Nós apelamos para que o ódio seja condenado e os direitos humanos sejam protegidos”, disse Huang.

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