Como resultado de uma longa crise política, o Peru entrou em uma espiral de violência que inclui diversas violações de direitos humanos, especialmente contra manifestantes em Lima e outras grandes cidades no Sul do país. Esta crise política escalou quando o então presidente, Pedro Castillo, anunciou a dissolução do Congresso Nacional, em 7 de dezembro de 2022.  

Protestos contra o Congresso e as novas forças políticas em vigor continuam a aumentar em todo o país. Algumas reações têm envolvido violências. Até o momento, segundo a Defensoria Pública do país, 50 pessoas morreram, entre elas dois adolescentes, e um policial. Alguns foram atingidos por arma de fogo, outros sofreram acidentes de trânsito, devido aos bloqueios realizados em estradas no país. Além disso, no total, 720 pessoas foram feridas durante os protestos, entre elas jornalistas e manifestantes.

A Anistia Internacional exige o fim imediato do uso excessivo da força contra os manifestantes. O governo do Peru deve usar todos os recursos disponíveis para salvaguardar a vida e a integridade de todos os feridos, prestar o apoio necessário às famílias dos falecidos, e colaborar com as autoridades que investigam todas as denúncias de violações dos direitos humanos no contexto da crise atual de forma rápida, completa, independente e imparcial. 

 

“A repressão do Estado contra os manifestantes e a perda de vidas humanas estão exacerbando a crise. Reiteramos nosso apelo às autoridades para o respeito irrestrito aos direitos humanos. A aplicação da lei deve cumprir os padrões internacionais sobre o uso da força. O povo não deve pagar o preço da crise política que o país atravessa”, afirma Marina Navarro, diretora-executiva da Anistia Internacional Peru. 

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