O relatório anual da Anistia Internacional de 2012 chama a atenção para o déficit endêmico de liderança, em nível local e internacional, para proteger os direitos humanos. Mostra que a resposta da comunidade internacional às crises de direitos humanos caracterizou-se por medo, má-fé, oportunismo e hipocrisia. Em nenhum outro lugar isso foi tão visível quanto no Oriente Médio e no norte da África, onde a repressão governamental às manifestações que tomaram a região provocou respostas diversas.

O déficit de liderança evidenciou-se também nas constantes tentativas dos governos de se aproveitarem de preocupações legítimas com a segurança ou com os altos índices de criminalidade para justificar ou ignorar os abusos cometidos por suas próprias forças de segurança. Evidenciou-se ainda no fracasso dos governos em fazer com que as corporações empresariais prestem contas de seu impacto sobre os direitos humanos.

Quando a Anistia Internacional inicia sua sexta década de existência, este relatório presta testemunho não apenas das agruras sofridas pelos que vivem à sombra de violações dos direitos humanos, mas da coragem dos que se sentem motivados a agir, geralmente arriscando a própria vida, para garantir os direitos humanos e a dignidade de todos.

Veja a íntegra do relatório no link do nosso site: Informe Anual 2012