Por 15 votos favoráveis, 1 contra e 1 abstenção, a Comissão de Ética da Câmara dos Deputados recomendou, nesta quarta-feira (28/9), a cassação do mandato do deputado Chiquinho Brazão, acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e de Anderson Gomes.

A decisão final caberá ao Plenário da Casa, que deve votar a cassação por maioria absoluta. Até lá, seguiremos em luta para que as medidas de responsabilização sejam cumpridas em todas as esferas.

A perda do mandato é uma das etapas necessárias para que eventuais obstruções promovidas pelo parlamentar no curso das investigações do crime não possam mais acontecer. 

Além de denunciado pelo Ministério Público Federal pelo crime de homicídio, Chiquinho segue sob investigação sobre as condutas de obstrução à justiça, por determinação da primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF). 

É importante lembrar que também são investigados Domingos Brazão, irmão de Chiquinho e conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, e Rivaldo Barbosa, delegado da Polícia Civil do Rio. 

Em seu voto, a relatora, deputada Jack Rocha, destaca as acusações da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o parlamentar, que incluem atuação em esquemas de grilagem e ocupação irregular de terras, especialmente na região de Jacarepaguá, na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. 

E lembrou que, enquanto vereadora, Marielle Franco se opunha sistematicamente às suas propostas de políticas urbanístico habitacionais convenientes aos interesses de organizações criminosas milicianas. 

Seguimos em luta por justiça! Marielle Franco, presente! Anderson Gomes, presente! 

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