A Anistia Internacional repudia a ação de policiais militares que segundo imagens divulgadas em 29/09, mataram o jovem Eduardo Felipe Santos Victor, de 17 anos, no Morro da Providência, no Rio de Janeiro. Além de fortes indícios de homicídio, os policiais forjaram a cena do crime, colocando um revólver na mão de Eduardo e efetuando disparos para possivelmente justificar uma situação de confronto e legítima defesa.
“A manipulação da cena do crime é fato recorrente na atuação na polícia do Rio de Janeiro e faz com que os “autos de resistência” ou homicídios decorrentes de intervenção policial sejam reiteradamente usados para encobrir assassinatos cometidos por policiais, que não são devidamente investigados ou responsabilizados. Pesquisa realizada pela Anistia Internacional na cidade do Rio de Janeiro mostrou outros casos de manipulação da cena do crime por policiais para impedir a perícia, criminalizar a vítima e encobrir assassinatos”, afirma Atila Roque, diretor executivo da Anistia Internacional Brasil.
A Anistia Internacional levantou dados que mostram que do total de 283 homicídios decorrentes de intervenção policial na cidade do Rio de Janeiro em 2011, até abril de 2015, mais de 80% dos casos permaneciam com a investigação em aberto e apenas um deles foi denunciado à justiça pelo Ministério Público. A falta de responsabilização tem sido a regra e o Ministério Público não tem exercido devidamente o seu papel de controle externo da atividade policial.
Atue agora! Pelo fim das execuções extrajudiciais no Rio de Janeiro: Diga não à execução!