Após um exame inicial das normas sobre o bem-estar dos trabalhadores de Qatar 2022 que foram tornados públicos, a Anistia Internacional divulgou a seguinte resposta:
“As normas representam um esforço positivo — se bem que parcial— para impedir que se cometam alguns dos piores abusos nos projetos do Mundial”, afirmou James Lynch, pesquisador da Anistia Internacional sobre direitos dos trabalhadores imigrantes no Golfo Pérsico.
“Embora este pudesse ser um bom ponto de partida, a carta apenas aborda os motivos de preocupação de uma parte relativamente pequena dos trabalhadores imigrantes de Qatar, os que participam na construção de estádios e campos de treinamento.”
As normas não se aplicam ao resto dos milhares de trabalhadores imigrantes de Qatar, como os que construirão as infraestruturas em geral para apoiar a realização do Mundial, como estradas, hotéis e vias férreas. “A realidade é que todos os trabalhadores estrangeiros do país continuam estando submetidos ao sistema restritivo de patrocínio que facilita os abusos”, acrescentou James Lynch.
Também suscita sérias interrogações a implementação destas normas. Segundo nossa experiência, o principal obstáculo é quase sempre a aplicação. Necessitamos saber como o Comitê Supremo abordará efetivamente o descumprimento das normas por parte de contratantes e subcontratantes.”
“Em última instancia, estas normas por si só não serão suficientes; necessitamos ver reformas reais, o que inclui o sistema de patrocínio, encabeçadas pelo governo, para todos os trabalhadores de Qatar”.
James Lynch, pesquisador da Anistia Internacional sobre os direitos dos trabalhadores imigrantes no Golfo Pérsico, está disponível para conceder entrevistas.
Em novembro de 2013, a Anistia Internacional publicou um informe detalhado sobre os abusos contra os trabalhadores imigrantes da construção em Qatar. Caso deseje uma cópia do informe completo, em inglês. veja: The Dark Side of Migration: Spotlight on Qatar’s construction sector ahead of the World Cup.
Caso deseje outras informações ou marcar uma entrevista, favor contatar:
Sara Hashash, encarregada de imprensa para o Oriente Médio e o Norte da África em Londres
Tel. +44 (0)207 413 5511