Na sequência do anúncio do último dia 30 de novembro feito pela União Europeia, União Africana, Nações Unidas e Estados membros sobre ações coletivas e unilaterais para ajudar a evacuação de migrantes africanos e pessoas refugiadas detidas na Líbia, John Dalhuisen, diretor regional da Anistia Internacional para Europa declarou:

“Duas semanas de apertos de mãos sobre pessoas sendo leiloadas como escravas na Líbia foram seguidas por dois dias de anúncios construídos para manter a aparência da preocupação humanitária, enquanto mantém o principal objetivo da Europa – o fechamento da rota do Mediterrâneo central – intacto”.

“A realidade é que centenas de milhares de migrantes e pessoas refugiadas estão encurraladas na Líbia, expostas a abusos horríveis, como resultado de uma cooperação intensa da União Europeia com autoridades líbias”.

“Planos que priorizam de forma massiva o retorno ‘voluntário’ de pessoas agora encurraladas na Líbia aos seus países de origem, sem um sistema eficaz para avaliar e atender necessidades de asilo ou oferecendo mais lugares para reassentamento, vão acabar sendo um mecanismo para deportação em massa, sob um discurso de ajuda humanitária.”

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