Jessie Jane é professora de História das Américas na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em 1969, filiou-se à Ação Libertadora Nacional (ALN) e iniciou sua resistência à ditadura. Presa no ano seguinte, aos 21 anos, foi barbaramente torturada.
Jessie passou nove anos na prisão por causa de sua luta contra o regime autoritário. Ela conseguiu autorização para casar com seu companheiro enquanto estava presa e sua filha, Leta, nasceu quando ela estava na cadeia.
Em 1977, Jessie e outra prisioneira começaram uma greve de fome para protestar contra os maus-tratos na prisão. Quando o caso foi analisado pela Anistia Internacional, a organização lançou uma Ação Urgente, o que tornou o caso conhecido internacionalmente.
No vídeo, Jessie revela que foi uma surpresa ser ajudada pela Anistia que, em sua visão “comunista”, seria uma organização burguesa que defendia os interesses da classe média ocidental, no que ela recorda como o período preto e branco da Guerra Fria da ditadura militar no Brasil. No entanto, foi esta mobilização que contribuiu para a visibilidade do seu caso.
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