Respondendo à detenção arbitrária e espancamento durante a prisão de dezenas de manifestantes, incluindo um membro da equipe da Anistia Internacional, Laith Abu Zeyad, pelas forças de segurança palestinas, Philip Luther, Diretor de Pesquisa e Advocacy da Anistia Internacional para Oriente Médio e Norte da África disse:

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“As autoridades palestinas na Cisjordânia demonstraram manifestações de violência no dia 14 de junho, quando as forças de segurança iniciaram uma violenta repressão aos manifestantes pacíficos que protestavam às sanções contra Gaza. Oficiais de segurança palestinos, muitos com roupas civis, agrediram e prenderam dezenas de manifestantes e transeuntes, espancando-os enquanto presos, inclusive o ativista da Anistia Internacional, Laith Abu Zayed, que estava lá para monitorar o protesto.

“Laith Abu Zayed passou várias horas detido na polícia, onde foi espancado. Após ser libertado, ele contou que outros 18 detentos receberem o mesmo tratamento. Sua situação é apenas a ponta do iceberg quando se trata da demonstração maciça de violência e tortura acionadas pelas forças de segurança palestinas na noite passada. Exigimos uma investigação completa e independente dessas violações e pedimos que todos os responsáveis prestem conta.”

“O Estado da Palestina participa dos principais tratados internacionais de direitos humanos, portanto as autoridades têm obrigação sob o direito internacional de defender os direitos humanos, incluindo os direitos à segurança pessoal, à liberdade de expressão e reunião, e o dever de investigar e reparar essas violações. A comunidade internacional deve exigir que as autoridades palestinas respeitem esses direitos e responsabilizem os perpetradores. Eles devem reavaliar com urgência a cooperação de segurança e a assistência às forças de segurança palestinas para garantir que elas não promovam violações dos direitos humanos”.

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Contexto

Um grupo de ativistas palestinos lançou uma campanha com uma série de manifestações exigindo que o governo palestino suspenda as sanções impostas à Faixa de Gaza. Segundo os organizadores, entre essas sanções estão: cortar os salários de mais de 63 mil funcionários públicos, recusar pagar a eletricidade de Gaza, acabar com todos os gastos em funções ministeriais em Gaza e limitar rigorosamente o apoio ao ministério e ao sistema de saúde de Gaza, inclusive redução das permissões para pacientes deixarem o local.

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No domingo, 10 de junho, centenas de manifestantes tomaram as ruas de Ramallah pacificamente, sem confrontos com as forças de segurança palestinas. No dia seguinte, os organizadores convocaram outro protesto para quarta-feira à noite.

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Na terça-feira, 14 de junho, o assessor de Assuntos Governamentais do presidente Mahmoud Abbas declarou que todos os protestos estão proibidos até o fim do Eid – celebração que marca o fim do Ramadã. No entanto, ontem, os organizadores confirmaram que continuariam com seu protesto e deixaram claro que não queriam confronto com as autoridades palestinas.