Milhões de pessoas no mundo têm os seus direitos humanos desrespeitados e ultrajados: barbárie, desrespeito, violência e tortura ainda hoje são ações corriqueiras em diversos países.
Recente relatório divulgado pela anistia Internacional mostra que os exemplos são muitos: remoções forçadas na Nigéria; jornalistas assassinados na Somália e no México; mulheres estupradas ou agredidas sexualmente dentro de casa, nas ruas ou quando exerciam seu direito de protestar; defensores de direitos humanos ameaçados no Brasil e em outros países do continente americano.
O secretário-geral da Anistia Internacional, o indiano Salil Shetty, estará no Brasil entre os dias 05 e 09 de agosto para cumprir uma agenda de audiências com autoridades governamentais, encontros com outras entidades de direitos humanos e visitas a locais onde a violação de direitos humanos é recorrente e causa preocupação internacional.
Sugerimos uma entrevista exclusiva do secretário-geral da Anistia Internacional, abordando pontos polêmicos e atuais, como os relacionados abaixo:
1) Anistia Internacional no Brasil – Por que agora? Como a presença local da organização pode contribuir para a luta dos direitos humanos aqui e lá fora?
2) Desenvolvimento econômico e violação de direitos humanos: como as grandes obras e eventos podem ser geradores de conflitos e desrespeito aos direitos das populações. Alguns exemplos no Brasil: remoções forçadas, conflitos de terra envolvendo populações indígenas, como Belomonte, obras do PAC etc.
3) Como o mundo vê a “potência” Brasil quando o assunto é direitos humanos? Somos um país conhecido pelo respeito aos direitos humanos ou as sucessivas violações e conflitos mostram ao mundo uma imagem de “déficit de justiça”?
4) O Estado como violador de direitos humanos – Em diversos casos, o próprio Estado que deveria atuar para assegurar o respeito aos direitos humanoss, é o seu maior violador: Alguns exemplos no Brasil: Massacre do Carandiru e a questão indígena.
5) O poder da internet e das redes sociais na denúncia de violações de direitos humanos e na mobilização de ativistas em defesa de causas. O que mudou? Há possibilidade dos governos controlarem esta força, reprimindo o acesso à internet? Papel da internet nos recentes protestos na Turquia e no Brasil.
6) Repensando a soberania: como os países evocam este conceito para violar direitos humanos – com desrespeito a tratados ratificados nos sistema ONU e no Sistema Interamericano
7) Refugiados – questão global que só cresce com a proliferação de conflitos e guerras nos países. Ex. Siria.
Sobre Salil Shetty
Salil Shetty é secretário geral da Anistia Internacional desde 2010. . Ativista com larga experiência no movimento de direitos humanos no mundo, Shetty foi diretor da campanha do Milênio, da Organização das Nações Unidades (ONU), entre 2003 e 2010 e diretor executivo da ActionAid, entre 1998 e 2003.
Sobre a Anistia Internacional
A Anistia Internacional é um movimento global de mais de 3 milhões de apoiadores, membros e ativistas, presentes em mais de 150 países e territórios, que faz campanhas para que direitos humanos internacionalmente reconhecidos sejam respeitados, protegidos e promovidos.
Há mais de quatro décadas, a Anistia Internacional faz campanhas para acabar com as violações de direitos humanos no Brasil. Em 2011, a organização abriu um escritório no Rio de Janeiro por entender que o país passa por um momento importante de desenvolvimento econômico e combate à pobreza, mas ainda enfrenta alguns desafios na garantia dos direitos humanos.