A Anistia Internacional nomeou a sua diretora para as Américas, Erika Guevara-Rosas, como nova responsável pela Investigação, Defesa e Política Globais, para ajudar a liderar a agenda da organização em matéria de direitos humanos em todo o mundo. 

“Com o mundo enfrentando múltiplas crises, desde os conflitos armados e o colapso climático até à ascensão de movimentos anti-direitos, a Anistia Internacional está mais determinada do que nunca a garantir que as lutas globais pela justiça, pela dignidade e pelos direitos prevaleçam. As excelentes credenciais da Erika como defensora dos direitos humanos e feminista, combinadas com a sua vasta experiência e liderança, vão nos ajudar a defender os direitos de todas as pessoas em todo o mundo. O seu empenho incansável na causa é uma inspiração para nós”, afirmou Agnès Callamard, Secretária-Geral da Anistia Internacional. 

A mexicana Guevara-Rosas, feminista e advogada de direitos humanos, juntou-se à Anistia Internacional como Diretora de Américas, em agosto de 2013. Ela liderou esforços para fortalecer a presença e o impacto da organização em todo o continente e supervisionou a abertura do Escritório Regional das Américas na Cidade do México, em 2015. 

Na sua nova função na Equipe de Coligação Global, Guevara-Rosas trabalhará em estreita colaboração com o Secretário-Geral e outros colegas seniores para reforçar o impacto da organização em âmbitos nacional, regional e global. Ela vai liderar uma equipe de mais de 200 pessoas que realizam investigação, resposta a crises, desenvolvimento de políticas, campanhas e trabalho de sensibilização, bem como prestar apoio estratégico aos escritórios e seções regionais da Anistia. 

“Sinto-me extremamente honrada com esta nomeação, especialmente numa altura em que os desafios à proteção dos direitos humanos estão no auge”, afirmou Guevara-Rosas. 

Como Diretora para as Américas, Guevara-Rosas renovou o trabalho da Anistia Internacional numa região desafiadora e em rápida mudança, supervisionando pesquisas e campanhas para abordar as violações dos direitos humanos enfrentadas por populações historicamente marginalizadas, incluindo povos indígenas, comunidades negras, defensores dos direitos humanos, ambientalistas, migrantes, refugiados, mulheres e pessoas LGBTIQ+. Ela liderou respostas rápidas a crises em países como Colômbia, Cuba, El Salvador, Haiti, Honduras, Nicarágua, Peru e Venezuela, entre outros, e defendeu vítimas em reuniões de alto nível com presidentes de toda a região. 

Sob sua liderança, a Anistia Internacional tem trabalhado em estreita colaboração com organizações parceiras para contribuir, por exemplo, para a legalização do aborto na Argentina e para a sua descriminalização na Colômbia e no México. Ela também tem incidido para que os países da região assinem o Acordo de Escazú. A advogada contribuiu ainda para a promoção de justiça parcial no caso do assassinato da defensora hondurenha Berta Cáceres, além de ter garantido liberdade para prisioneiros de consciência na região.  

Ana Piquer será a Diretora interina para as Américas enquanto a organização conduz um processo de recrutamento para nomear um novo diretor permanente. Piquer traz consigo vasta experiência na organização, da qual faz parte desde 1990, como ativista no Chile. Piquer tornou-se presidente da Direção da secção chilena anos mais tarde e, em 2011, diretora Executiva da Anistia Internacional Chile, tendo realizado um importante trabalho no domínio dos direitos humanos no país antes de se tornar Diretora Adjunta para a Investigação nas Américas, em janeiro de 2022. 

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