A Anistia Internacional recebe com profunda tristeza a notícia das mortes trágicas da fotógrafa Leila Alaoui e do motorista e guia Mahamadi Ouédraogo, que se encontravam em missão pela organização de direitos humanos em Burkina Faso e perderam a vida no ataque da Al-Qaeda. O atentado ocorreu na última sexta-feira (15), capital do país, Ougadougou.
Leila Alaoui, fotógrafa franco-marroquina, foi alvejada duas vezes, uma na perna e outra no tórax, e levada prontamente para o hospital. Ela encontrava-se inicialmente em condições estáveis após ter sido submetida a uma cirurgia e seria transferida quando sofreu uma parada cardíaca. A fotógrafa estava em missão pela Anistia Internacional para uma investigação sobre direitos das mulheres em Burkina Faso.
Mahamadi Ouédraogo foi morto quando se encontrava no carro. Pai de quatro crianças, era um grande amigo da Anistia Internacional, tendo acompanhado vários investigadores e consultores da organização de direitos humanos no país desde 2008. Os nossos pensamentos estão com a sua mulher, filhos e família. Deixa-nos enormes saudades.
A prioridade absoluta da Anistia Internacional é garantir que seja prestado todo o auxílio às famílias de Mahamadi Ouédraogo e de Leila Alaoui. Representantes da organização estão no hospital acompanhando todo o contato entre familiares, médicos e todos os canais oficiais.
Mahamadi Ouédraogo e Leila Alaoui estavam no café Cappucino, às portas do Hotel Splendid, quando ocorreu o ataque.
Ouagadougou, capital do Burkina Faso, não era considerado um destino de elevado risco e Leila Alaoui trabalhava com o apoio dos funcionários do escritório da Anistia Internacional no país e desempenhava a sua missão acompanhada de Mahamadi Ouédraogo, cidadão de Burkina Faso.
A organização de direitos humanos repudia o brutal ataque contra civis em Ouagadougou, do qual resultaram dezenas de mortes e muitas outras pessoas ficaram feridas, das mais diversas nacionalidades e confissões religiosas.