*Foto: Divulgação/Secretaria de Administração Penitenciária do Amazonas
Ao todo 56 pessoas foram mortas durante uma rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim em Manaus, no estado do Amazonas, entre os dias 1º e 2 de Janeiro. Informações iniciais divulgadas por autoridades locais indicam o uso de armas de fogo e também decapitações e esquartejamento.
“As autoridades devem garantir uma investigação imediata, independente e completa deste massacre, e todos os responsáveis devem ser levados à justiça” afirma Renata Neder, assessora de direitos humanos da Anistia Internacional no Brasil.
O Complexo Penitenciário Anísio Jobim estava superlotado, com 1.200 detentos quando sua capacidade era para apenas 454, de acordo com os dados da Secretaria de Administração Penitenciária do Amazonas.
“A superlotação e as péssimas condições do Complexo Anísio Jobim, assim como do sistema prisional do Amazonas como um todo, já tinham sido denunciadas pelo Conselho Nacional de Justiça e pelo Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, mas as autoridades não adotaram as medidas necessárias e a situação apenas se deteriorou”, afirma Neder.