O bombardeio de um hospital dos Médicos Sem Fronteiras (MSF) sábado (3) no Afeganistão é uma deplorável perda de vidas que deve ser investigada de forma urgente e imparcial, disse a Anistia Internacional.
O hospital do MST em Kunduz (norte do Afeganistão) sofreu na manhã de sábado repetidos ataques aéreos nos quais morreram pelo menos nove membros do pessoal e um número indeterminado de pacientes. Ainda há muitas pessoas a localizar.
Não se conhece com certeza a autoria do bombardeio, embora o exército dos Estados Unidos tenha admitido que um ataque norte-americano “pode ter produzido danos colaterais em um centro médico próximo”. Esta semana, o MSF havia informado a todas as partes das coordenadas de GPS de seu hospital.
“O bombardeio do hospital do MSF em Kunduz é um dia de luto para o humanitarismo. É terrível pensar que médicos e outros funcionários tenham tido que pagar com a vida suas tentativas de salvar a vida de outros. Os hospitais são lugares invioláveis em virtude do direito internacional que rege os conflitos”, disse Horia Mosadiq, pesquisadora da Anistia Internacional sobre o Afeganistão.
“Nossos mais sinceros pêsames ao pessoal do MSF que continuou trabalhando de forma valente e desinteressada enquanto os combates faziam estragos em Kunduz na semana passada.”
“Deve haver uma investigação completa, independente e transparente sobre como e por que ocorreu este bombardeio. O exército dos Estados Unidos não deve tirar conclusões sem antes chegar até o fundo da situação.”
“Pedimos a todas as partes do conflito que respeitem e protejam o pessoal e os centros de ajuda humanitária, e que tomem todas as precauções possíveis para proteger a população civil presa no conflito.”