Relatório* sobre tortura de presos políticos no Brasil, feito em 1972. Documentos revelados recentemente mostram que, em função do relatório, entre junho de 1972 e abril de 1973, o antigo Serviço Nacional de Informação recebeu 2.800 cartas vindas de cidadãos europeus sensibilizados pelas denúncias.

A correspondência levou o general João Figueiredo, então secretário-geral do Conselho de Segurança Nacional no governo Médici, a fazer um relatório dizendo que a melhor estratégia seria não responder à “campanha difamatória desencadeada no exterior pela organização Amnesty International’.” As declarações da Anistia Internacional também foram proibidas de serem divulgadas pela imprensa brasileira.

O relatório foi preparado a partir de entrevistas e contribuições de sobreviventes de tortura no Brasil, que denunciaram as violações de direitos humanos cometidas contra eles e as que haviam testemunhado quando estavam presos. Eles descreveram os métodos utilizados e informaram o nome de seus torturadores, quando foram capazes de obter esse dado. Esta foi a primeira compilação sobre denúncias de tortura, torturados e torturadores no Brasil.

*Relatório em inglês.

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