Na madrugada do dia 27 de janeiro, pelo menos 14 pessoas foram mortas a tiros e outras nove ficaram feridas enquanto participavam de uma festa no bairro de Cajazeiras, na cidade de Fortaleza (Ceará). A maioria das vítimas eram jovens entre 15 e 24 anos. No total, morreram oito mulheres e seis homens.
No dia seguinte ao tiroteio, 28 de janeiro, as autoridades do Ceará disponibilizaram uma lista com os nomes das vítimas. Porém, segundo moradores da região, o número pode ser maior que o veiculado. As nove pessoas feridas foram levadas ao Instituto Dr. José Frota (IJF), um hospital local em Fortaleza. Cinco delas receberam alta, mas outras quatro permanecem em observação. A informação veiculada na imprensa, confirmada mais tarde pelo Secretário de Segurança Pública, afirma que esse caso, que ficou conhecido como “Chacina das Cajazeiras”, é a maior chacina da história do Ceará.
As autoridades do Ceará declararam publicamente que ainda estão investigando os motivos das mortes. Tendo em conta o contexto de violência que vive o estado e as chacinas anteriores, é necessária uma investigação imediata, meticulosa e independente. O governador do estado do Ceará, Camilo Santana, anunciou a implementação de uma força tarefa para alcançar os autores do crime. O secretário de Segurança Pública do estado, André Costa, descreveu o episódio como “um caso isolado” e afirmou que “não há motivo para pânico”. Pelo menos um homem foi preso como suspeito de envolvimento no crime.
.
Envie um e-mail para as autoridades do Ceará exigindo:
- que garantam uma investigação imediata, minuciosa e imparcial sobre as circunstâncias dos homicídios de pelo menos 14 pessoas no bairro de Cajazeiras, que tornem público os resultados e que levem aqueles suspeitos de reponsabilidade criminal a um julgamento justo perante a Justiça;
- que tomem todas as medidas adequadas para garantir uma assistência efetiva às famílias das vítimas, incluindo apoio psicológico e jurídico.
- proteção imediata às testemunhas do tiroteio com o objetivo de impedir qualquer tipo de intimidação ou ameaças.