No Irã, é crime que as mulheres apareçam em público com os cabelos descobertos. Yasaman Aryani, ativista de 24 anos, queria mudar isso. Ela foi condenada a 16 anos de prisão por fazer campanha contra o uso obrigatório do véu.
Era o Dia Internacional da Mulher de 2019. Yasaman e sua mãe tiraram os lenços da cabeça e entraram, em Teerã, em um vagão de trem somente para mulheres, entregando flores. Yasaman falou de suas esperanças de um futuro em que todas as mulheres tivessem a liberdade de escolher o que vestir: “eu sem o hijab e você com o hijab“. Quando um vídeo registrando a ação se tornou viral, Yasaman foi presa e acusada de “incitar e facilitar a corrupção e a prostituição” através da promoção do “abandono do véu”.
Depois que as autoridades mantiveram Yasaman em confinamento solitário e ameaçaram prender sua família se ela não “se arrependesse”, eles a sentenciaram a 16 anos de prisão. Ela é obrigada a cumprir 10 anos dessa sentença.
A punição cruel de Yasaman é parte de uma repressão mais ampla a mulheres que fazem campanha contra leis discriminatórias que impõem o uso obrigatório do véu no Irã. Não se deve permitir que as autoridades iranianas roubem de Yasaman os melhores anos de sua vida, simplesmente porque a ativista acredita que as mulheres devem ter o direito de escolher o que vestir.
Ajude-nos a lutar pela libertação de Yasaman. Assine a petição e exija que as autoridades iranianas:
- Libertem incondicionalmente Yasaman Aryani da prisão;
- Libertem incondicionalmente da prisão todas as pessoas que defendem os direitos das mulheres e têm sido detidas por protestarem pacificamente contra o uso obrigatório do véu.