Por ser uma corajosa defensora dos direitos das mulheres, um tribunal para crimes de “terrorismo” aplicou a ela uma pena de 11 anos apenas por promover os direitos das mulheres e fazer publicações nas redes sociais.
Qual é o problema?
Manahel al-Otaibi sempre encontrou força e resiliência no exercício físico. Por isso se tornou personal trainer. Ela é também uma ferrenha defensora dos direitos das mulheres.
Nos últimos anos, as autoridades da Arábia Saudita têm anunciado avanço nos direitos das mulheres. No início, Manahel acreditou. Mas, em 2022, essas promessas caíram por terra e sua vida mudou radicalmente.
A educadora física publicou vários posts em apoio aos direitos das mulheres e selfies de um passeio num centro comercial. Nas fotos, ela não usa a abaya, uma túnica tradicional. Pois estas duas ações foram suficientes para que autoridades sauditas passassem a persegui-la.
Em novembro de 2022, Manahel foi detida e acusada de violar a lei anti-crimes cibernéticos da Arábia Saudita. O seu caso foi parar num tribunal antiterrorismo, conhecido pelos seus julgamentos grosseiramente injustos e castigos desumanos. Em janeiro de 2024, a mulher foi condenada a 11 anos de prisão numa audiência secreta.
Profundamente angustiada, Manahel disse à família que foi espancada por outra prisioneira e depois colocada na solitária. Durante meses a fio, foi proibida de se comunicar com entes queridos. A família acredita que ela pode estar com uma das pernas quebrada sem o devido tratamento.a.
A sua família e amigos estão muito preocupados. Ajude-os a lutar por Manahel e exija a sua libertação imediata e incondicional.
O que você pode fazer para ajudar?
Assine a petição e exija a libertação imediata e incondicional de Manahel e a retirada de todas as acusações contra ela.
O caso de Manahel al-Otaibi faz parte da “Escreva por Direitos“, da Anistia Internacional. A Campanha junta pessoas de todos os cantos do mundo, todos os anos, para lutar contra injustiças e apoiar pessoas e comunidades que têm seus direitos humanos ameaçados.
Escrevendo cartas, assinando petições e compartilhando histórias, você também pode exigir justiça e convocar as autoridades daqueles lugares em que as injustiças estão acontecendo a fazerem a coisa certa.