Em 17 de janeiro, homens armados não identificados atacaram manifestantes em Amatán, no estado de Chiapas, no sul do México. Noé Jiménez Pablo e José Santiago Gómez Álvarez, dois ativistas pelos direitos econômicos, sociais e culturais e membros do Movimento Camponês Regional Independente (MOCRI), foram presos e privados de sua liberdade por esses homens armados. No dia seguinte, os corpos dos dois ativistas foram encontrados em lixão local com feridas. Apesar de o governo ter enviado alguns agentes do estado em reação aos assassinatos, os membros da comunidade temem mais ataques e que essas medidas sejam insuficientes para protegê-los.
Vamos pressionar o governo e reforçar a necessidade de investigação e justiça para esse crime e exigir que assegure a proteção de defensores, ativistas e da comunidade.
Assine esta petição e exija que a Secretária de Governo:
- investigue de maneira imediata, detalhada e imparcial esses ataques;
- leve os responsáveis à justiça em julgamentos justos;
- tome todas as medidas necessárias sejam tomadas, de acordo com o direito internacional dos direitos humanos, para prevenir novos ataques à comunidade e para garantir que os membros do MOCRI possam realizar seu trabalho de direitos humanos sem medo de represálias.
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Tradução da carta
Senhora Secretária,
Escrevo para a senhora diante da urgente situação em relação aos recentes ataques que membros da organização Movimento Camponês Regional Independente (MOCRI), que atuam em favor dos direitos econômicos, sociais e culturais, estão enfrentando na região de Chiapas, município de Amatán (MX).
No dia 17 de janeiro, um grupo de homens armados não-identificados atacou ativistas do MOCRI. Durante o ataque, várias pessoas foram presas e privadas, ilegalmente, de sua liberdade por esses homens armados. Segundo relatos de testemunhas, pelo menos uma pessoa foi ferida a tiros. Muitos membros do MOCRI e moradores da região fugiram da comunidade frente o terror e o medo em tornar-se vítimas de novos ataques.
No dia 18 de janeiro, foram encontrados, com feridas, os cadáveres de Noé Jiménez Pablo e de José Santiago Gómez Álvarez, que estavam desaparecidos desde o dia do ataque. Testemunhas afirmaram que os corpos encontradas apresentavam sinais de terem sido brutalmente espancados. Em princípio, o governo municipal de Amatán e o governo estadual de Chiapas negaram o desaparecimento destes dois ativistas.
Exijo que iniciem imediatamente uma investigação imediata, detalhada e imparcial sobre esses ataques, e que os responsáveis sejam levados à justiça em julgamentos justos. Também insto
que todas as medidas necessárias sejam tomadas, de acordo com o direito internacional dos direitos humanos, para prevenir novos ataques à comunidade e para garantir que os membros do MOCRI possam realizar seu trabalho de direitos humanos sem medo de represálias.Cordialmente,